Meu vício!
‘ Não sou muito boa em despedidas! ’ Dito isso, permaneci imóvel na cadeira que me acolhia há algum tempo e já me incomodava as pernas encolhidas junto ao corpo, desconfortavelmente. O cigarro na mão já se juntava ao cinzeiro com inúmeros outros, mal acabados, assim como nós. Cinzas ficavam por ali, significando nada mais do que algo que um dia foi e não o é mais. Nem me esforçava para limpar as pequenas sujeiras que ficavam na mesa empoeirada, eram apenas resquícios... Acendi outro, esperançosa pela nova sensação de uma nova tragada, em vão. Só me observava ali, com meu vício, enquanto eu confessava o outro: você mesmo. Entenda, vício! Como algo negativo, não me fez bem e não consigo deixá-lo ir. Quero-o longe. Preciso manter o respeito por mim mesma. Aos prantos só ordeno: Vá! Vá, sem volta. Sem recaídas. Não preciso de mais vergonha e melancolia. Não era incomum esta cena, não? Por isso mesmo que ela devia ter um ato final, este! Que seja este! A cada vez que bateu a ...