Qualquer cuidado é pouco!
É uma frase tão simples, palavras (escritas) bem fáceis de compreender, mas, o significado disso, o conceito mesmo da frase é imensamente distante da realidade, seja de qualquer relação que esteja pensando.
Aqui esbarramos em reflexões de cuidados físicos. Muito latente em pais, né? Cuidar dos filhos é difícil, fazê-los entender que estamos cuidando deles é complicado porque não vai de encontro com o que eles querem momentaneamente. Mesmo que em nossa cabeça fique martelando que ‘qualquer cuidado é pouco!’
Mas vamos além de cuidados físicos. Até porque eles acabam sendo consequência do que sentimos: ora, se amo, quero o melhor, faço o meu melhor e cuido da melhor forma possível.
Quero, também, que pensemos em cuidados com a alma, com os sentimentos alheios, com o nossos ‘quereres’ também. Qualquer cuidado é pouco porque cada pessoa tem uma maneira de sentir, de ver, de entender a realidade, de querer intensamente ou dar pouca importância para o alheio.
Falar rudemente, pensar de forma egoísta, desfazer um compromisso sem aviso prévio, agir individualmente quando se tem outras pessoas envolvidas... tudo é falta de cuidado. Se ‘qualquer cuidado é pouco’ imagina a falta desregrada dele?
Não pensem que ‘é pisar em ovos’, não... até porque eu entendo que eu quero cuidar porque amo, não tenho a obrigação de fazê-lo. Entender de início isso faz toda a diferença. São pequenas escolhas que fazemos... é amenizar o tom de voz quando entendemos que o outro está mais sensível; é ponderar sobre algo que não queríamos, mas o outro faz questão; é ligar o ventilador mesmo no frio porque para o outro faz diferença; é voltar atrás numa ideia – ainda que seja extremamente difícil - porque entende que o outro tem razão; é deixar de sair porque o outro está indisposto.
Qualquer cuidado é pouco não porque a outra pessoa nos cobra além do que já fazemos, qualquer cuidado é pouco porque o amor é imenso, e há sempre uma ânsia de doarmos mais de nós! Essa intensidade (‘é pouco’) é nossa, não um limite imposto por outra pessoa. Não é sofrido ou doído pensar em mais, até porque a meta é íntima.
Para mim, todo cuidado que tenho com meus filhos é pouco! Todo cuidado que demonstro ao meu companheiro é pouco! Tudo pode ser melhorado, podemos dar sempre a nossa melhor versão. ‘O pouco’ aqui não quer dizer que é insuficiente, é que quero muito mais para todos.
Qualquer cuidado é pouco porque amo os meus e há muita evolução a acontecer nas relações diversas. Inicio por mim, ampliando e intensificando meus cuidados... quando entendo que ‘qualquer cuidado é pouco’ deixo a porta aberta para ser muito maior e melhor.
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