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Se você me perguntar o que vim fazer aqui, prontamente digo: dançar a vida!

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É preciso ter muito claro o que nos move, o que nos deixa reflexivos, o que nos entristece grandemente e o que nos alegra sem medida. Muitos chamam isso de autoconhecimento. Sim, o é... mas acho que vai além. Se conhecer esbarra no que se consegue viver e absorver das experiências que se passa. E isso também está ligado com a convivência, sabe? Consigo, ‘sem sigo’, com outros... Cada momento, seja ele um dia único, um evento, uma flor que cai e você nota ou que seja uma pessoa que lhe chega como uma surpresa gostosa... cada momento tem um significado e saber interpretar pode construir uma vida de viveres! Rasamente parece clichê, ou pior: mais do mesmo... mas o banal realmente é falar disso, a ideia aqui é identificar se está fazendo, praticando. Dançando a vida. Como ela vem, com a melodia que ela coloca. Sabe que temos a escolha de trocar o disco, não? Ah, disco, vai!... além de ser nostálgico, traz um quê de pessoa cult e, além disso, tem um resgate familiar nessa fala. Pense na tri...

A verdade mesmo é que ninguém está realmente pronto pra cuidar de quem foi abrigo

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No fundo da verdade mesmo, e que muitas vezes procuramos não pensar a respeito, é que tem situações na vida que seremos surpreendidos. Será assim: de repente, chega como um furacão, sem aviso, só com sua imensa urgência. Eu achei que me preparava há anos, que considerar todas as situações imagináveis seria uma forma de me ver alerta e pronta. Enganei-me total e profundamente. Há nuances tão profundas que não inalcançáveis que só são acessadas quando vivenciadas no âmago do acontecimento. Vivemos uma parceria linda, com distrações devidas, com respeito mútuo e alegrias infinitas. Nosso encontro sempre foi tema em rodas de amigos e familiares. Somos um equilíbrio, costumávamos brincar que nos assemelhávamos à yin e yang, sabe? Aquele conceito chinês que descreve duas forças opostas, mas totalmente complementares, que interagem e se apoiam... Conceito de preto e branco: elegante, versátil, complementar... Nós! Isso perdurou a vida, a nossa vida juntos. Mãos sempre juntas ao caminhar, aind...

Eu odeio você e essa é a forma mais legítima de mostrar que te quero

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Eu odeio você. E isso acontece tão diariamente. Odeio estar perto de você. Cada vez que nos encontramos aumenta ainda mais o meu desgosto, e aqui vai parecer ambíguo: esse sentimento todo é justamente porque me faz sentir tão bem que chego a me culpar por isso. Não quero te ver! Acaba por me chamar, por me aguçar os sentidos, me clamar presença e eu simplesmente vou. Não sei se é apenas o comando em si, o fato de mandar e eu deliberadamente só atender, até porque eu mesma o quero! Ou a lembrança do seu cheiro que perpetua em mim, que fica impregnado na minha pele a cada vez que toca sua, e isso me leva ao delírio em noites nas quais não estamos juntos. Pode ser também que é pelo fato de que me deseja, e isso com certeza me basta para encontros nus e nada silenciosos. Eu odeio você só porque você me descobriu sozinho, sem que eu tivesse que impor qualquer detalhe à sua frente. Veio a mim como um presente, mais seu do que meu, sabemos! E ainda assim eu abro os braços como quem quer l...

Era sempre verão

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Era sempre verão. Pra mim era sempre verão mesmo que estivéssemos vivendo nos meses mais frios ou conseguíssemos acompanhar o florescer mais belo das flores. Ainda assim, era verão para mim. O calor no coração transbordava, trazia efeitos no corpo, sabe? Para mim era verão, poxa! Eu sentia as gotículas de suor indevido descendo pela pele quente, molhava os tecidos mais leves, exigidos naquela quentura diária.  Tecidos soltos, que deixam o caminhar mais sutil, que nos obrigava a segurar a barra do vestido que esvoaça com a brisa, quente!  Brisa que passa após muitos pedidos suplicados, ainda que fosse apenas nas primeiras horas do dia; um amanhecer que deveria ser leve, mas já estava em sua mais alta temperatura.  Foi nessa hora que eu vi que me observava: no meu verão.  E mesmo de longe eu senti ressoar, pelo seu sorriso mais travesso, que queria passar comigo por aquela estação permanente, estação que eu fiz permanente. Percebendo isso, sem saber como chegou até mim...

Eu sempre soube que eu escreveria um livro inteiro sobre nós

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Eu sempre soube que eu escreveria um livro inteiro sobre nós. Assim, no meu âmago, eu tinha a absoluta certeza de que tudo que o vivenciamos, e ainda vivemos, teria que ser registrado. São situações, maneiras de ver a vida, de sentir a presença do outro, que merecem ser descritos para uma posteridade que às vezes nem saberá sobre sentimentos e sensações. Eu tinha certeza de que tudo isso viria à tona em palavras, que eu saberia escrever e descrever o que me fez sentir, o que me falou e despertou um mim tantas e tantas reflexões... se cá estou, e está você a ler, minha certeza se concretizou, não? Não se engane, quando digo que preciso registrar não necessariamente quero confirmar uma linha positiva do que foi. Bem sabemos das tristezas latentes. Digo isso porque, no momento em que tive minha primeira percepção de nós (de nós, realmente. Não do que você dizia que éramos) eu deixei uma lágrima cair. Só uma. E isso porque eu também sabia que logo ela se tornaria riso, o meu riso! Solto e ...

Beijos que precisamos

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Sim, sim, me senti invadida. Não que seja um sentimento negativo, mas, definitivamente, ocupou-me um espaço além do que eu estava disposta a conceder. E não concederia a ninguém na verdade. Invadiu-me completamente e vou lhe explicar o que isso significa e o que pode nos causar. Se algum dia eu entendi minha vida sem você, pode ter certeza de que esqueci completamente como foi esse pensamento ou sentimento. Incrível como uma situação totalmente aleatória muda o rumo das coisas. Sabe efeito borboleta? Exatamente isso. O pequeno caos que me causou fez alterar toda a rota dali em diante. O seu interesse me despertou uma intensidade extrema. Intensidade do que quer que seja. De vontade do novo, de desejo do proibido, de sentimento caótico, de lucidez conveniente. E é aqui que fico na dúvida; na dúvida de como sabia... como sabia que, para mim, o desinteresse é profundamente chato e blasé? Ele me é definitivo, de certa forma.  Não quero parecer mundana, como podem dizer as más línguas o...

O que seriam das lágrimas tortas se só as lineares pudessem cair dos olhos?

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Você já se pegou pensando sobre algumas coisas que queria fazer, situações pelas quais queria muito passar, pessoas que queria conhecer e não faz nada disso? Só se dá conta de que fica presa apenas no ‘querer’ e falta a atitude para realizar. E não estou falando de grandes feitos não! Não estou dizendo que seria aquela viagem dos sonhos ou mudança de país que tanto gostaria que acontecesse. Bem, longe de mim invalidar estes grandes sonhos, mas quero mesmo é que pensemos sobre os menores, por enquanto. Tive uma situação impactante no último final de semana que me pôs a pensar com mais afinco sobre os desejos, realizações. Com isso, também me veio a reflexão sobre a movimentação que eu tenho feito, ou tenho permitido que aconteça, para que realmente tudo se suceda. Às vezes o que queremos é só passar pela experiência de tomar um café especial, com todo o requinte de uma Cafe de La Paix (ainda que seja apenas a melhor da cidade, digamos)! Mas, até que ponto nos permitimos ir mesmo? Será q...