Postagens

Não é uma promessa

Imagem
Não morrerei sem antes dividir a minha vida com você. Não desistirei desta caminhada sem antes conseguir passar mais tempo vivendo contigo. Só sairei deste destino após fazer sua vida encontrar a minha novamente. Farei com que sua presença em alguns anos da minha vida seja uma obrigatoriedade para a minha felicidade plena. Isso não é uma promessa ingênua, é uma meta. Entendi, depois desse longo tempo separado de você, por razões que nem nós sabemos, que não é o que eu queria, nunca foi. Você sabe bem que sua lembrança me atormenta as noites, me consome os dias, e assim vivo apenas por recordar dos seus poucos beijos que consegui. E foram demasiadamente poucos, com certeza. Nossos momentos foram insuficientes. Demorei a te entender e depois que eu entendi, percebi que não sabia mais nada era de mim mesmo.  Eu não sabia que seus olhos eram castanhos até eu chegar perto demais parta notá-los. E isso também me fez perceber o quanto era tarde demais. Não sabia o cheiro de pitanga, fresc...

Estou de luto

Imagem
Todos os dias temos vivenciamos um tipo de luto. Quase não prestamos atenção nisso. Com tantos afazeres e rotina, não vemos que temos alguma perda diária.  Não se ligue entendendo ‘luto’ como algo muito distante ou que especificamente a morte de alguém. Luto é entendido como sentimentos, reações e experiências que podemos vivenciar quando há alguma perda. Essa perda pode ser algo ou alguém. Mas isso seria muito simplório quando refletimos na imensidão de sentimentos quando isso acontece.  Falar da falta de algo palpável é subestimar o luto em sua característica mor. Dar falta de alguma coisa pode ser sentida apenas pelo fato de que esta perda nos causou a falta de utilidade do objeto perdido. Mas não quero ficar no raso da coisa, do assunto. Estou falando da melancolia do negócio, do drama da situação mesmo.  Diariamente um pouco de nós é perdido... o tempo, por exemplo. Ficou, já foi, passou. Esta perda de tempo, quando nos damos conta de que realmente foi perdido, enten...

Antítese

Imagem
Há algum tempo chegou-me uma pessoa e fez a mesma pergunta que você... sobre meus gostos e quereres; e isso me fez refletir.  Acho que com a rotina, com afazeres e, digo mais, com prioridades que damos às vezes a coisas pequenas, esquecemos de lembrar isso sobre nós mesmos: do que gostamos? Parece que nos perdemos no tempo, no caos do dia a dia! E mesmo que nem tão caótico, nos tira a beleza e importância das coisas e situações que podem nos levar a pequenos sintomas de felicidade. Por isso refleti sobre essas coisas e me acho sim com gosto peculiar. Penso isso porque sou, de certa forma, exceção quando me comparo - com mulheres na minha idade, ou situação, ou mulheres... que seja. Sou de fácil lida (e sem piadinhas, acho que isso me faz diferente de muitas com as quais já troquei ideia). Manutenção comigo é simplória. Nada imenso nem extraordinário. Sabe o clichê: o básico bem feito. Isso se dá em diversas situações: sou de fácil agrado com comida, com filme, com presentes, com gr...

Meu controle

Imagem
Eu li a pergunta que me fez e, deliciosamente, um sorriso sincero surgiu em meu rosto. Sei que não saberia, não veria a alegria que me causou com aquela pergunta boba, mas aconteceu. O fato de você querer saber de mim, faz-me feliz! Ainda mais quando é espontâneo e genuíno. Até que ponto isso me faz egocêntrica? Antes que formule uma resposta que eu nem quero que me dê (afinal, a pergunta foi retórica. Não te dou o direito de me julgar e me fazer saber desse julgamento inútil), eu mesma digo que isso só quer dizer que eu sei muito bem o que sou e o que mereço. E sim, mereço alguém interessado, afinal, sou interessante! É, sei que sua pergunta acerca do meu paladar sobre bebidas distintas não foi apenas uma pergunta, mas sim um convite a mim. E eu lhe dei acesso. Limitado. A respeito dos livros que me toma horas de leitura, das bebidas que me levam daqui em minutos, da preferência pela constância de uma série ou imediatismo de um filme... tópicos que abordou comigo, com intenções ainda ...

Crônica para um novo ciclo

Imagem
Hoje. Comemoro o dia de hoje mais intensamente do que os outros dias. Não meço palavras nem sou tímida em publicações a espalhar que hoje encerra-se um ciclo em minha vida e, com total certeza, inicia-se outro. O melhor de enxergar isso - de saber que é também início - é poder aproveitar os instantes. Aproveitar todas as bênçãos que recebo, energia que emanam e felicitações sinceras que me chegam. Independentemente  do número que completo hoje, mais do que entender o tempo que passou, me dou de presente a consciência do que me tornei. A lucidez de uma vida que, estando acompanhada ou sozinha, sei por mim mesma como foi. Em alguns momentos dessa jornada sofri por não entender minha personalidade, envergonhei-me  por decisões mal tomadas e perdi a noção de que o tempo passa, realmente! E não voltam mais os segundos gastos de forma efêmera. Por isso, dou-me de presente lembretes do que quero continuar comigo neste novo começo: Há pessoas que irei conhecer e me permito ser eu mesm...

Vivo de excessos

Imagem
A gente não esquece o dia que se perde, não é? Eu me lembro bem, principalmente porque foi um caminho sem volta... não que eu quisesse voltar, realmente segui e nem olhei para trás. Eu só tinha ouvidos para suas palavras que saíam tão deliciosamente proibidas da sua boca. Fico imaginando o que passava em sua cabeça naquela manhã de sábado, para parar o carro à beira da calçada, abaixar o vidro apenas pela metade (indícios de um encontro clandestino) e fazer o convite totalmente pretensioso: que tal um café? Não sei se foi coincidência ou realmente estávamos na mesma sintonia, mas estava ansiosa por um café. Daqueles quentes, encorpados, fora da rotina. Acertou com o pedido e eu só pensava em dizer ‘sim’. Aí tudo começou. Aqui, definitivamente, foi aqui que me perdi. Loucuras de encontros. A gente não teve limite para a criatividade em conjunto. Deixamos qualquer música profana nos envolver. Abraços envolventes sem nos distinguirmos como dois. Beijos intermináveis, nos lambuzamos com in...

Bem viver

Imagem
Estamos com o péssimo hábito de sermos rasos. Se fosse só isso, até que a resolução poderia ser mais considerável, mas também estamos imediatistas. As respostas têm que ser rápidas, os retornos acontecem quase que imediatamente, os prazos para quaisquer decisões estão mais curtos, parecer feliz tem que ser agora. E assim, nota-se que o caminho até a felicidade não é mais apreciado. Pare e pense, desde quando os processos, a vivência, as experiências deixaram de ter a importância devida? Isso aconteceu sem um marco exato, sem percebermos. A vida foi acontecendo e deixamos de notá-la em sua essência. O barulho do mundo tomou conta de todo pensamento interno que nos auxiliava a viver e externar na intensidade genuína de cada ser. Sim, intensidade. Imagino eu que todos temos sentimentos, quereres, gostos... o ser é mais intenso com essas emoções! Considere essas vivências mais profundas não apenas como grandes acontecimentos, grandes amores, grandes conquistas... os detalhes, aqueles peque...