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Mostrando postagens de fevereiro, 2025

O que seriam das lágrimas tortas se só as lineares pudessem cair dos olhos?

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Você já se pegou pensando sobre algumas coisas que queria fazer, situações pelas quais queria muito passar, pessoas que queria conhecer e não faz nada disso? Só se dá conta de que fica presa apenas no ‘querer’ e falta a atitude para realizar. E não estou falando de grandes feitos não! Não estou dizendo que seria aquela viagem dos sonhos ou mudança de país que tanto gostaria que acontecesse. Bem, longe de mim invalidar estes grandes sonhos, mas quero mesmo é que pensemos sobre os menores, por enquanto. Tive uma situação impactante no último final de semana que me pôs a pensar com mais afinco sobre os desejos, realizações. Com isso, também me veio a reflexão sobre a movimentação que eu tenho feito, ou tenho permitido que aconteça, para que realmente tudo se suceda. Às vezes o que queremos é só passar pela experiência de tomar um café especial, com todo o requinte de uma Cafe de La Paix (ainda que seja apenas a melhor da cidade, digamos)! Mas, até que ponto nos permitimos ir mesmo? Será q...

E se?

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Era 2010, um sábado de setembro, mês em que as cores ficam mais vivas, o cheiro das flores inunda as praças da cidade e as chuvas aparecem em companhia de brisas mais leves. Mas naquela noite nada disso me veio à mente, seria até mais um detalhe que contaríamos ao relembrar da história. Eu o vi naquela noite. Não só isso, o conheci. A noite já tinha começado há algum tempo, o que quero dizer é que eu já estava envolvida no que aquele sábado queria me proporcionar. Não procurava nada além de copos meio cheios, músicas que me inebriavam a mente e pudessem me desligar das amarguras que me abatiam. Pois é, tem dias que me ligo nas tristezas da vida, me conecto com as situações mais controversas que podem nos acometer e não saio disso. Mas naquela noite eu me propus a desligar, desconectar. E aí surgiu ele, naquele dito e bendito sábado. Na verdade, ele veio de mansinho, sem alarde, sem mostrar interesse imenso. Não sei se pela timidez, pela insegurança ou desinteresse. Hoje digo que seria,...

A próxima página do próximo livro

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Lá estava eu, sentada à mesa de sempre, na confeitaria de costume. Mesmo horário, todos os sábados, mesma cadeira. Já até me acostumei com o fato da cadeira ter um das pernas bambas, acabo que danço ao tomar meu café.  Deliciosamente perigoso! Manhã fresca, com leves pingos de uma chuva que estava a se avisar. Café quente e forte, acompanhado de uma pequena colher com um docinho em forma de espuma. Hoje foi de baunilha mas posso transitar entre canela, hortelã, capim cidreira (meu preferido, inclusive). Apenas curtindo meu pãozinho recheado e abrindo na página mais recente do livro da vez. Sinto que não o acabo nunca, a lista de espera de novas leituras só aumenta e eu presa na história em que encontram um rapaz que não conhecia seu irmão gêmeo e ambos fazem terapia com a mesma profissional sem saber... Enfim. Nada fora do que costumo fazer, até então. A não ser um incômodo que senti. Um pequenininho, leve, apenas uma sensação de que alguém me observava. Um olhar atento aos meus ge...