Como eu queria

Fiquei por mais de 30 minutos a refletir sobre isso. Ainda na dúvida se cheguei a alguma conclusão...Venha comigo:

Queria que tivesse me dado um ‘bom dia’ hoje, que tivesse me perguntado qualquer coisa, me dito uma tolice do seu dia anterior, tivesse dividido um problema banal que teve.

Queria aparecer na frente da sua casa, tocar a companhia sem medo de ser questionada e, no fim das contas nem poder dar uma resposta satisfatória de quem eu realmente sou na sua vida. 

Poder te chamar e ser atendida prontamente, sem ter que esperar a melhor hora ou melhor local, sigiloso o suficiente para não levantar suspeitas.

Queria poder ir ao seu encontro cada vez que me bate aquela saudade, aquela vontade de mais um beijo, mais um cheiro, mais um instante com você.

Como eu queria passar a mão em seus cabelos e bagunçá-los sem restrição de comportamento. Tomar um café com você sem hora marcada, ver o sol entrar pela janela sem temer a descoberta, poder provocá-lo durante o dia com a certeza de que me mataria a sede quando viesse ao meu encontro rotineiramente.

Ah se eu tivesse coragem de chegar de surpresa e ver seu sorriso instantaneamente surgir, mostrando que fiz a escolha certa.

Queria eu te ligar de madrugada, escutar a sua voz tranquila para poder dormir sem a preocupação da incerteza do dia seguinte.

Se eu pudesse te olhar sinceramente sem medo de alguém perceber todo o sentimento que tem nos meus olhos, falar abertamente que sou sua e saber que isso não seria um problema para nós.

Queria sentir saudade sua, na totalidade do sentimento mesmo, sem o peso disso ser errado ou imoral, poder dizer que sinto essa falta toda e receber de volta um ‘tô indo te ver agora’.

É desconfortável pensar nessa situação, pior ainda é que parece que somente eu tenho todos esses quereres.

E é aqui que fiquei a pensar por tanto tempo nisso tudo! Essas reflexões foram rápidas e passageiras, a decisão que tive que tomar é que me levou mais tempo do que eu gostaria.

Me obriguei a lembrar que a estupidez de se afastar de mim terá mais peso do que o desejo de ter me conquistado, mesmo que por instantes. Pessoas vêm e vão, e o melhor é sempre o próximo... e isso não pelo próximo em si, mas pelo aprendizado que o anterior me deixou internamente.

Não me culpo por ter sido eu mesma. Sou inteira, intensa, índole e, nessa situação atual em que nos colocou e eu acatei, indisponível.

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