Esta é a minha verdade inventada

Procuramos tanto uma maneira de ser feliz constantemente que chegamos a gastar energia e tempo de vida, muitas vezes sem notar que já o somos!

Inventamos patamares a serem alcançados, depositamos cargas em coisas e pessoas alegando ser para nos fazer feliz, responsabilizamos nossos companheiros de vida (sejam cônjuges, amigos, filhos, pais) como se dependessem deles a conquista de uma felicidade que é mais nossa do que consigamos confessar!

Condicionamos um estado de espírito à bens, à situações que não dependem de nós – muitas vezes; mas acredito que é mais simples que tudo isso e, ao mesmo tempo angustiante encontrar esse desejo constante de ser feliz: conhecer a ti mesmo.

Só acho mesmo, apenas como crença, não experiência, até porque acho extremamente difícil e tenho uma evolução muito infantil ainda em relação à essas plenitudes.

E isso - nos conhecer -  será descoberto num conjunto de reflexões e experiências vividas, sim, como esta a que se depara, lendo este texto pretensioso, tão pretensioso que busca diretrizes para uma felicidade que certamente é individual. Esse descobrimento pessoal não está apenas em nosso interior, há que considerar as escolhas externas e os reflexos que elas geram em nós!

Num outro texto falei sobre a felicidade como algo a se conquistar considerando nossas pequenas alegrias, detalhes diários que nos contentam. O que ainda acho muito válido e é uma maneira de considerar ver o lado positivo de muitas situações de nossas vidas, mas como um complemento penso que há uma outra forma de entender isso também... saber sobre o que lhe amedronta, saber sobre o que quer distância e não mais vivenciar, por exemplo.  Assim, fazer o contrário disso lhe mostrará um caminho mais perto do que quer.... ser feliz!

Pensando ainda mais, superestimamos essa tal felicidade não? Poxa, tudo tem que ser perfeito, como queremos, na hora em que desejamos... Bem, é assim com vocês né? Espero não ser a única imatura no mundo! Bem, essas são mais autorreflexões que diretrizes a outrem. E se apenas deixarmos as coisas mais leves, sem muitas exigências, sem muitos parâmetros. Ah vá, quer falar pra mim que isso é teoria e a prática é complicada? Meu bem, eu sou a rainha da falta de prática em tudo relacionado a essas facilidades emocionais. Pois sim, me complico que é uma beleza! Leia meus textos, verá tamanho drama melancólico!

Ah, sem medo da exposição! Essas trocas (porque ideias vêm e vão) me fazem ser uma pessoa melhor, o que me atinge e reflete em mim como um estado feliz de mim mesma! Lhe ajuda também? Achou sem sentido?...

“Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é possível fazer sentido. Eu não: quero é uma verdade inventada.” Clarice Lispector

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