Eu encho o saco!
Descobri recentemente um texto de Martha Medeiros que me instigou muito. Gosto demais do trabalho dela, leio textos aleatórios, livro mesmo ainda não possuo – confesso com certa vergonha. Mas este texto… ah! “Não canse quem te quer bem” é o título. Ele detalha diversas situações em que somos inconvenientes e cansamos, por banalidades, pessoas que nos estimam.
Me identifiquei não pelas passagens em si que ela expõe, mas, com o título mesmo. Esta semana, inclusive, cansei alguém que me ama. Na verdade, acho que faço isso com mais frequência do que eu gostaria e consiga confessar.
O pior é que, como ela coloca, é como um ímpeto quase impossível de segurar. Bom, em minha defesa alego que isso acontece não com o objetivo de gerar discussões ou mal estares. É mais como uma forma de chamar atenção, ou ainda, como Martha coloca, que as ‘Implicâncias quase sempre são demonstrações de afeto’. No meu caso, anseio por este afeto alheio… um ponto positivo, ainda tentando não me deixar tão ruim na história, é que enxergo que faço isso de uma maneira torta, quase doentia; e por isso tento não continuar a chateação.
A implicância contínua e a “encheção” rotineira cansam. Querer explicação por qualquer atitude tomada pelo outro, cansa! Sempre exigir prova de sentimentos, cansa! Pedir atenção demasiadamente exclusiva, cansa! E principalmente, no meu caso, a desconfiança cansa! Sim, sempre me vi como uma pessoa desconfiada e não insegura, e acabo cobrando uma responsabilidade anormal do meu companheiro e, tenho certeza que isso também cansa!
Minha chatice tem data de validade, eu quero acreditar e trabalhar nisso. Chega uma hora que eu mesma me exausto . Bom, minha meta é seguir os conselhos de Marta e privá-lo desse infortúnio. Ele não tem culpa de gostar de mim.
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