O que eu quero ser
Uma vez, em um dia passado, escutei alguém dizer pra eu prender a abrandar meu sorriso. Fiquei por minutos a pensar o que isso significava. Abrandar meu sorriso... Confesso que não me ofendi, eu literalmente escutei, interiorizei e meus lábios, instantaneamente, se fecharam. Por algum tempo senti este peso: não transparecer minha genuína simpatia. E não foi só nisso que a decisão de aquietar-me afetou a vida. Parece que as músicas mais tocantes ficaram insossas, as letras mais intensas ficaram rasas, a cor mais vibrante ficou sólida e fria, nem as páginas mais profundas me prendiam numa atenção única. Sem nem saber o motivo disso, continuei assim até que não mais! Não mais... qual o sentido? Nem o imperativo que iniciou isso tem argumento pra se sustentar: abrande seu sorriso! Ainda mais à mim, uma libriana tão intensa – se é que me permitem a redundância! Sequei a pequena e única lágrima que me desceu à face e permiti-me... tudo. Abri o mais largo e sincero sorriso novamente, acompanh...