Ao alcance
E foram nos dias mais calmos que me vi numa agitação sem tamanho e, o que era pior para mim, sem explicação alguma do motivo pelo qual a calmaria se instalava. Não era momento de mantermos as coisas num ‘morno’ incomum. Se estávamos afundando, por que deixaríamos acontecer sem nem ao menos lutarmos por isso? Após mais uma discussão, apenas me deito na cama esperando os batimentos do meu coração manterem de volta um ritmo mais calmo. Meu semblante não muda... mais. Já não me entristeço como antes e nem me abalo tanto. É bom, acho. Pelo menos não há desespero escancarado. Ainda que deitada e calma, o travesseiro enche-se de lágrimas. Um choro baixo, sem menção de estar por ali, apenas de passagem, como que lavando a consciência. Ou apenas para lembrar o quão humana sou e que meus sentimentos estão mais vívidos do que eu pensava, ou do que você acredita. Pois é, nesta hora me vem à cabeça a insinuação bastante direta que fez ao me apontar uma nítida falta de interesse. Sin...