Eu sempre soube que eu escreveria um livro inteiro sobre nós

Eu sempre soube que eu escreveria um livro inteiro sobre nós. Assim, no meu âmago, eu tinha a absoluta certeza de que tudo que o vivenciamos, e ainda vivemos, teria que ser registrado. São situações, maneiras de ver a vida, de sentir a presença do outro, que merecem ser descritos para uma posteridade que às vezes nem saberá sobre sentimentos e sensações. Eu tinha certeza de que tudo isso viria à tona em palavras, que eu saberia escrever e descrever o que me fez sentir, o que me falou e despertou um mim tantas e tantas reflexões... se cá estou, e está você a ler, minha certeza se concretizou, não? Não se engane, quando digo que preciso registrar não necessariamente quero confirmar uma linha positiva do que foi. Bem sabemos das tristezas latentes. Digo isso porque, no momento em que tive minha primeira percepção de nós (de nós, realmente. Não do que você dizia que éramos) eu deixei uma lágrima cair. Só uma. E isso porque eu também sabia que logo ela se tornaria riso, o meu riso! Solto e ...