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Mostrando postagens de outubro, 2017

Don't tell him, i'll do it

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Da infância pouco se lembra. De quebrar a perna, de pegar um banquinho para lavar as louças (ainda nem tinha tamanho), de queimar a barriga com o ferro passando as fraldas do irmão – ainda se vê a marca. Travessuras, alegrias, brincadeiras, coisas de criança. Mas mesmo tão pequena já sabia que tinha algo especial entre eles. Não sabia o motivo, claro que achava ser normal já que estavam unidos por serem da mesma família, mas era maior que isso. A sua presença incomodava mas, de uma maneira diferente, como se algo sempre tivesse que ser provado e aprovado. Nem trocar palavras precisavam; bastava um olhar e tudo era dito, sem nenhuma pronúncia. Sempre tentava alcançar o que lhe era esperado, e ainda assim percebia que ficava devendo em algum aspecto. Notas, comportamento, escolhas… Ficava a dúvida se realmente fazia certo, da maneira correta, na medida certa, na hora apropriada. A mão pesada de uma correção era a mais esperada para um carinho. Ansiava por um olhar de a...